sexta-feira, 9 de abril de 2010

Contos-de-Fadas & Caça-Níqueis: Parte I

Amigos de verdade sempre se amam - não importa, necessariamente, de que jeito. Ok, ok. Vamos combinar: é estranho, ver dois BFF's de namorico por aí. Até por que BFF's costumam se tratar como irmãos, cheios de brincadeirinhas, e os momentos fofos não possuem outras intenções. Mas também é fato que 'onde existe amizade, também existe amor'. Isso quer dizer que, no fim das contas, não dá pra se saber com certeza se a amizade existirá por ela mesma e só: o amor está diretamente ligado à amizade e vice-versa. Só que, quando a amizade predomina, o amor é apenas fraternal.


Como dois amigos se apaixonam 'do nada'? Geralmente, nenhum dos dois sabe quando se apaixonaram. A mudança de sentimento é muito relativa, sutil e delicada. Ás vezes, eles até são apaixonados um pelo outro, mas demoram pra ficarem juntos (ou até mesmo nem ficam!) por medo de perder a amizade. Só quem passa por isso sabe como é perigoso pensar nesse tipo de coisa.

Foi assim com o Bóris e a Amanda*. Eles são super famosos e muito reservados sobre relacionamentos. Bóris e Amanda são muuito amigos, aquela amizade fofa, bem colorida e divertida. Os dois andam juntos pra cima e pra baixo, tem rolos com outras pessoas aqui e ali, mas não assumem nada. Tem gente que ama a amizade deles, outros odeiam - faz parte, não?

Depois de um bom tempo de amizade, o comportamento deles começa a ficar cada vez mais suspeito. Até que, inesperadamente, a Amanda assume que sim, está namorando seu melhor amigo Bóris! Acontece AQUELE alvoroço: comemoração pra cá, choro pra lá, Banda (que junção tosca de nomes, né? mas fazer o quê?) nos Trending Topics do Twitter, enfim, essas coisas. Quando perguntaram sobre isso ao mais novo casal, eles simplesmente responderam que sabiam que, um dia, isso iria acontecer, mas tiveram que esperar pelo momento certo. Eu achava que esse momento jamais chegaria, então, estou mais que feliz!

Como não poderia deixar de ter, aquela turma sabichona e do-contra dá o seu veredicto com sua palavra favorita: "vocês não percebem? isso é marketing !! Eles eram os melhores amigos e de repente ela diz que eles estão namorando?! Sério, isso é muuito estranho..."

"Mas, por que isso seria Marketing?" ou "Por que isso seria falso?" . Bem, não seria falso apenas por eles serem amigos - já provamos que isso acontece. Mas poderia, sim, ser Marketing. Primeiro, os dois são protagonistas - e casais - num filme musical famoso. Segundo, os dois são muito famosos. Terceiro, eles gravaram um single recemente e estão divulgando por aí. Quarto, o namoro deles sempre foi o que muitos de nós queremos! Mas dinheiro e aumento de popularidade não é o suficiente para dois amigos virarem namorados, até por que isso pode comprometer uma grande amizade! Amizades verdadeiras não se sacrificam por nada, nem por um possível romance.

É verdade que a Amanda jurou pela carreira dela que não estava namorando Bóris e que isso jamais aconteceria. É verdade que alguns blogueiros tentaram forçar a barra com boatos. É verdade que isso daria - e vai dar - um lucro. Mas, se eles escolheram unir a amizade ao romance, vamos torcer pra dar certo, afinal não conhecemos os dois para dizer, com certeza, se eles deviam ou não namorar. E, claro, se você não é a favor, que seja por que prefere apenas a amizade, e não por odiar um dois dois.

Pra quem leu até o fim, ótimo fim de semana. E estejam sempre com um guarda-chuva - é outono, nunca confie no sol.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Contos-de-Fadas & Caça-Níqueis - O Início

Ah, o Marketing! O que é o mundo capitalista sem Marketing? É como uma festa pública sem divulgação. Tirando zebras como o Guaraná Tobi e o Convenção, que passaram anos sem divulgar mas eram os refrigerantes de 'marca-canivete' mais consumidos da época, pra algo bombar, é necessário marketing. 'A propaganda é alma do negócio', de fato. Quando se trata especificamente de mídia musical e televisiva, o marketing é o material bélico da guerra por sucesso. Vale pra exibir um trailer de um filme sem data prevista de estréia (Toy Story 3, por exemplo), vídeos no Youtube (Jonas Brothers em 2007/2008), 'boatos' confirmados ou não e.... relacionamentos?


Namoro por publicade? Ah, você sabe e já viu um monte. Exemplo? Namoros no Big Brother: na casa é tudo rosa; depois do programa, cadê?! Um exemplo bem velho agora: Michael Jackson e Priscilla Presley. O Principe do Pop e a Princesa do Rock, quer junção mais perfeita que essa? Não durou muito, mas a idéia poi brilhante. Claro, zebras acontecem, como foi o caso de Zac Efron e Vanessa Hudgens, casal do extinto High School Musical. Foi um marketing óbvio, mas muito bem elaborado e lucrativo para todas as partes.
 Depois de todo esse histórico (bem resumido, claro), é difícil acreditar que relacionamentos de gente famosa sejam genuínos, certo? Afinal, teoricamente, essas criaturas do mundo-do-tapete-vermelho precisam viver muitos e muitos "15 minutos de fama" para jamais serem esquecidas. O mundo da fama é que como mercadoria - quando chega algo melhor e mais chamativo, o que estiver lá é jogado no fundo na prateleira, e ninguém quer ir pro fundo da prateleira. E mais: as pessoas amam casais, reais ou não, desde que sejam 'fofos'. Mas será mesmo que essa regra não tem exceção? Será mesmo que todo mundo que é famoso namora outro famoso por mero interesse?


As próximas postagens serão exatamente sobre as exceções, pseudo-exceções, erros de percurso, coincidências e outras conspirações. Preparem-se para entrar, a fundo, no mundo dos Contos-de-Fadas & Caça-Níqueis. Vocês não gostam da verdade? E quem nesse mundo gosta?! Até lá.




quinta-feira, 25 de março de 2010

Vida Escolar = Videogame

 a ideia desse post foi uma conversa banal com uma amiga que cuida das minhas madeixas toda semana. o filho dela, que é meu amigo, está estudando na faetec e ela comentou que as notas dele baixaram com os anos. eu defendi o guri dizendo "chega uma hora da vida que é igual a última fase do videogame: em que o que importa não é ganhar pontos, é derrotar o mestre e sobreviver". me aproveitando dessa ideia, decidi prolongar as comparações e deu nessa coisa sem nexo que você vai ler abaixo.


Vida Escolar = Videogame


o 'objetivo' é conseguir o maior número possível de pontos para você chegar ao final e conseguir seu prêmio (o diploma)


As primeiras fases são bem simples, você passa rapidamente e sem esforço


você começa pequenino, e consegue crescer comendo coisas pelo caminho


sempre tem um valentão que te atormenta e faz você se sentir um anãozinho


no final de cada etapa sempre tem um mestre. no início, é até fácil de acabar com eles, mas com o tempo, só pioram.


você sempre acaba caindo em alguma armadilha que te faz voltar a um ponto anterior da fase


no pior dos casos, você morre e tem que começar a fase toda de novo


sempre tem um amigo pra te ajudar, mesmo que não seja muito esperto


no meio das fases, sempre tem um lugarzinho pra repor as energias


são tantas fases que chega uma hora em que você não sabe de onde veio nem pra onde vai


os seus amigos nerds te irritam por conseguirem tantos pontos e você sempre se salvar 'raspando'


se é realmente importante pra você, com certeza você vai procurar toda a ajuda possível, incluindo dicas e macetes, não importa quais sejam.


as últimas fases são as piores - e os mestres também.


numa certa altura, o que importa não é ganhar mais pontos, e sim passar da fase - e com vida suficiente


a última etapa é uma fortaleza da qual, geralmente, é quase impossível sair vivo


nessa última etapa, é como se todas as fases se juntassem numa só. e é claro que você não vai lembrar de todas


chegou a hora de enfrentar o pior mestre. você tá tão nervoso, que não come, não dorme, não pisca, ou então vai morrer.


todas as armas que você tem não te parecem de nenhuma serventia


mais um chute no mestre e você ganha. se perder mais um coração, você morre.


as suas mãos começam a suar e você jura que é o fim.


de pura sorte, ou erro de percurso, você faz um último acerto.


o mestre desaparece e começam a aparecer fogos de artifício na sua frente. é aquela festa e você nem acredita que passou aquele montes de fases.


então você descobre que tem que passar numa nova versão do jogo (#fail)


então, é isso. esse artigo de hoje é algo meio non-sense, porque, definitivamente, não estou com paciência pra escrever coisinhas inteligentes e eu precisava descontrair aqui. tanto que nem liguei pra dar Caps no início da frase nem nada. também serve como uma homenagem ao meu videogame mais amado, o Super Mario World, rs.




como já compartilhei meu momento 'duh' com vocês, encerro por aqui. pretendo postar outra inutilidade ao longo dos próximos sete dias. até mais e olhe bem onde pisa!





terça-feira, 23 de março de 2010

"...Amigos não se vão."

Uau, que sótão empoeirado! Não vai ajudar em nada a minha alergia, mas tudo bem. Só demorei com o post porque semana passada aconteceu muita coisa e eu não sabia sobre o quê falar. Inicialmente, seria uma crítica ao Ibsen Pinheiro, que não achou nenhuma melancia pra pendurar no pescoço e arranjou um modo mais eficiente de aparecer. Depois eu pensei em falar umas coisas sobre a Miley Cyrus que estão engasgadas há muito tempo. Então, no meio da semana, eu recebo uma notícia totalmente inesperada. Mas, antes de falar sobre a notícia, tenho que colocar meus visitantes por dentro do contexto.



Eu conheci a Joanna faz uns dois anos. Ela escrevia mini-histórias no Orkut e todas as histórias, todas mesmo, eram sobre drama, e quase sempre acabavam em morte (ela era especialista em one-shots, nome desse estilo de escrita O que eu sabia a respeito da Joanna foi que ela morou uns tempos em Londres e passava as férias em Paris e Barcelona. Num dia desses, num tópico de chat, Joanna e eu ficamos amigas. Não demorou muito para virarmos as melhores amigas, mesmo virtuais. Falávamos de tudo, ela me contava segredos, lia as histórias que eu escrevia na época, e combinavámos em muita coisa (odiar Crepúsculo já é muita coisa). Enfim, nós nos chamávamos de "gêmeas", mesmo com uns aninhos de diferença.

O mais legal dessa irmandade era que a Joanna e eu tínhamos as nossas diferenças também. Eu sempre fui toda aérea, voada, falante, tinha vários amigos na comunidade. Ela era aquela menina tímida, melancólica, do tipo que não falava muito, não era popular na comunidade onde sempre estávamos. Além de ser muito incompreendida e julgada, mas ela nunca ligou muito pra isso. Não havia opinião que a deixasse abalada. Quando as coisas esquentavam, ela simplesmente parava de falar. Quando estava feliz, era bem risonha, irônica, sugestiva. Ás vezes, ela se mostrava triste, nostálgica, mas evitava ao máximo que eu me preocupasse com isso. Por ser a mais meiga de nós, os meninos a amavam, embora fosse quase uma regra um deles se apaixonar por ela e a amizade ir quase por água a baixo. Nem posso contar quantas vezes eu tentava confortá-la de uma briga com um amigo em especial. Era como se apenas eu pudesse entendê-la, ou pelo menos, entendê-la mais do que eles.

No ano passado, a Joanna disse pra mim, e seus outros amigos mais próximos, que tinha leucemia, e parecia com medo de morrer. Minha primeira reação foi dizer "você não vai morrer, vai dar tudo certo, a medicina avançou muito, as pessoas não morrem mais disso hoje em dia, gêmea!", e o disse várias vezes durante o dia da revelação. Eu não sabia como ela se sentia, mas queria que ela tivesse fé e ficasse bem. Ela sumiu por uns dias, fazendo tratamentos, e de vez em quando me dava notícias. Os amigos dela, virtuais e 'reais', se afastaram, mas eu estava lá. Eu não queria deixá-la. Os amigos não queriam vê-la morrer, mas eu queria vê-la viva. Lembro de ter chorado de emoção quando ela me disse que estava se recuperando. Minha gêmea ia sobreviver! Ela se tornava minha heroína desde então. A certeza do final feliz era mais forte pra mim do que o sol lá fora. Eu cheguei a falar com ela que ainda faria um livro sobre a sua história.

Semana passada, pela manhã, ela só entrou no MSN para "se despedir" e "dizer Adeus". Tive medo de ser que eu temia. À noite, consegui entrar no Orkut e ela deixou uma mensagem na comunidade dizendo que estava morrendo, que havia se entregado à doença e pedia para que a entendessem por ser fraca. Inutilmente, implorei pelos scraps que ela não fizesse isso. Logo depois o irmão da Joanna entrou no perfil dela, dizendo que ela estava em coma desde a manhã daquele dia. Ela não tinha chance nenhuma de sobreviver. Estava virando um vegetal. As palavras fugiram da minha mente e da minha boca - coisa que nunca aconteceu antes. Senti uma espécie de choque. Primeiro me recusei a acreditar; depois tentei ignorar o fato; no fim, quando eu estava no ônibus pra casa, as lágrimas finalmente caíram.

"Ela disse que estava melhorando! Ela disse que estava melhorando! Ela não pode morrer!", eu repetia em pensamento, várias e vázias vezes, sem parar, enquanto eu continuava o resto do caminho a pé. Eu soluçava de doer o coração, como se eu quisesse chorar até morrer. Eu estava arrasada, não só por ser minha amiga, mas porque eu não estaria perto dela naquele momento. Ela estava apenas com o irmão, já que ela não tinha mais pai e a mãe saiu do país por também não suportar ver a morte dela. Como o irmão dela disse,"o pior foi que ela se foi infeliz".

Agora, eu perdi a minha irmã gêmea de coração. Sinto como se uma parte de mim tivesse ido embora com ela. Algumas coisas perderam a cor e o sentido desde então. Não fiquei deprimida, nem revoltada com o mundo, mas me sinto culpada por não ter feito algo. O que eu poderia fazer?! Eu não faço idéia! Mas eu gostaria de ter feito, fosse o que fosse. Tanta coisa que eu gostaria que ela visse. Eu nem enviei os pedaços do meu livro que ela garantiu que compraria quando fosse publicado. Bom, eu fiquei feliz por ela ter se lembrado de mim no final. "diga à minha gêmea que a amo", foram umas das últimas palavras dela antes de fechar os olhos pra sempre.

Termino essa postagem deixando um alerta: amigo é amigo, não importa onde ele mora, não importa se é seu vizinho ou se mora em outro estado ou continente. Amizade virtual existe. Algumas pessoas acham isso meio insosso, mas acredito que a presença de coração e espírito é mais válida que a física. E posso dizer com total certeza que a Joanna era tão minha amiga quanto os que tenho perto de mim. Exatamente por isso eu ainda sofro como se tivesse perdido a minha irmã biológica. Se você pode visitar seus amigos a qualquer hora, visite. Se ele estiver com uma doença grave, não o abandone. A Joanna foi fraca porque os 'amigos reais' dela foram muito mais fraco antes. A união faz a força, não faz? Então, depois disso, espero dar um pouco mais de valor a qualquer amigo meu, e qualquer pessoa que eu ame.

Saudades, Jo, você vai estar sempre aqui, não importa onde esteja agora. Eu não vou dizer Adeus, nunca. Os verdadeiros amigos não se vão.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A Arte de Incomodar - Aprenda com o Elefante!

Olá, querido visitante do sótão! Antes de começar a postagem, preciso falar da curiosa experiencia de passar 2 dias inteiros sem internet e mais 4 sem orkut. Não senti calafrios, irritação, dor de cabeça, nem tive convulsões. Fiquei meio entediada, mas lembrei que existem coisas boas na televisão rs. Só fiquei com muita raiva de só ter sabido hoje que o Joe Jonas e a Demi Lovato estão namorando. Sabe a síndrome do corno? Senti isso agora a pouco. Mas tudo bem, estou no estágio de novo e vou atualizar o blog enquanto o sistema não entra no ar.



Uma musiquinha da minha não-tão-longíqua infância diz: "Um elefante incomoda muita gente; dois elefantes incomodam muito mais". Sinceramente, eu até hoje não sei porque o elefante incomoda, e talvez ninguém saiba mesmo. Talvez o importante não seja o motivo, e fim o fato de que o elefante incomoda - muita gente.


Saber incomodar é para poucos. Principalmente porque o verbo 'incomodar' sempre tem o sentido pejorativo. Mas, existe o sentido positivo? Claro que existe, é só saber como encontrá-lo. O tal elefante conseguiu, e graças a ele, incomodar não virou um problema, virou uma arte! E vamos falar um pouco sobre essa incrível arte da incomodar.


O princípio básico do incômodo é gerar um desconforto. O desconforto é uma situação embaraçosa, indesejada, perturbadora, mas é diferente do constrangimento: enquanto o constrangido é forçadamente intimidadado, o que sofre incômodo tende a se exaltar. Quando se trata do incômodo positivo, o incômodo não é de caráter vexatório, essencialmente agitador nem de modo imaturo. O incômodo positivo acontece a partir do modo que o seu comportamento ou pensamento provoca determinada reação nas outras pessoas. Aquele que incomoda positivamente não quer que as pessoas prestem atenção somente nele, mas que prestem atenção em si mesmas também.


Como esse incômodo acontece? Se você não aceita seguir cultura de massa de que diz "se faz sucesso, é bom", você incomoda. Se você fala diferente daquela turminha que fala 10 gírias a cada 5 palavras, com certeza incomoda mais. Se você se comporta de forma diferente daquele monte de meninas que só usam roupas sensuais e ficam com quantos garotos quiserem, incomoda muito mais. Se, ao contrário da maioria, você acha aquele livro famoso uma droga, ou enxerga o sexo de um outro ponto de vista, incomoda muito muito mais!


Por que isso é tão incômodo? No mundo de hoje, prega-se a liberdade de expressão e pensamento, onde todo mundo pensa/é o que quiser, [i]desde que seja a mesma coisa da maioria[/i]. Não pensar como a maioria gera problemas, estereótipos, ameaças, e séculos atrás acabava em morte.


Hoje, não vamos mais para a forca, guilhotina, fornalha, nem somos mandados pra outro país por sermos diferentes. Então, por que temos tanto medo disso? Ah, por que nós não queremos sair da nossa própria zona de conforto! É mais fácil e seguro se calar. É mais simples fingir que concorda com tudo, ou com nada.


Mas se você acha que não se comprometer com determinda opinião é melhor que discutir, pra quê o seu cérebro é mais desenvolvido que os outros animais? Se você está no mundo à passeio, por que se considera um ser humano, e não uma mosca? Uma mosca, sim, está na vida a passeio: sobrevive em média 30 dias, se não levar uma chinelada ou ser comida por um sapo. Já um ser humano tem uma expectativa de vida que varia dos 60 para 90 anos (considerando fatores como saúde, lugar onde vive, a violência etc). Como você deseja passar essas décadas restantes da sua vida: sendo só mais um que concorda com tudo e todo mundo ou alguém que intriga, questiona e incomoda? O elefante da canção fez a escolha dele, não espere mais um dia pra fazer a sua!


Tenha um ótimo dia, mesmo sendo uma segunda-feira.


quinta-feira, 11 de março de 2010

Upstairs - A História do Sótão Imaginário

Eu nunca estive num sótão, mas sempre quis uma casa que tivesse um. O mais perto que cheguei disso foi o quarto da minha primeira casa, que era no segundo andar. Lá tinha os meus infinitos brinquedos do McDonald's, bichos de pelúcia, as Susi's, minha televisão e Super Nintendo (naquela época, era praticamente um Wii), além de uma janelona que dava uma 'bela' vista das outras ruas. O fato que aquele quarto era o meu mundo: era um lugar só meu, onde eu fazia as minhas próprias brincadeiras, criava as minhas estórias com os brinquedos, foram momentos incríveis da minha não-tão-distante infância.

Mesmo que eu seja bem futurista, eu tenho minhas nostalgias. Provavelmente, aquele quarto-sótão é uma das coisas de que mais sinto falta hoje em dia. Agora, eu não tenho um lugar da casa pra me enfiar quando estou triste, com raiva. Se eu andar pela sala e alguém ver meu olho vermelho por baixo dos óculos, instauram uma CPI e tudo acaba em pizza. Privacidade? só no meu perfil do Orkut, mesmo.

Foi dessa ideia de lugar secreto, só meu, onde eu vivia o meu mundo imaginário, que surgiu a idéia desse blog. Nesse sótão, eu direi tudo sobre qualquer coisa, afinal, um sótão que se preze tem um pouco de tudo, não é mesmo? Sintam-se a vontade para ver meus pensamentos, pequenas histórias e outros afins.

Esse texto iria ficar bem maior, mas decido parar por aqui, sei que não se importam :)

Obrigado pela atenção. A porta de saída é a direita e cuidado com as escadas.